As fotos abaixo mostram algumas dentre as várias aves que apareceram aqui em casa na manhã de ontem, onde logo cedo já via a movimentação dos bichos no comedouro do quintal. Eram saíras, gaturamos, sanhaços, sabiás, bem-te-vis, cambacicas, tiês e esse macho de Pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens). Mas havia outras tantas que são alheias ao comedouro – cuja dieta básica são insetos e larvas – e se deslocavam também pelas árvores de quintais vizinhos, sendo possível vê-las ou apenas ouvi-las. Espécies como o Neinei (Megarynchus pitangua), Bentevizinho-de-penacho-vermelho (Myiozetetes similis), Alma-de-gato (Piaya cayana), Picapauzinho-de-testa-pintada (Veniliornis maculifrons), Picapauzinho-barrado (Picumnus cirratus), Bico-virado-carijó (Xenops rutilans), Bico-chato-de-orelha-preta (Tolmomyias sulphurescens), Pitiguari (Cyclarhis gujanensis) e Coleirinho (Sporophila caerulescens). Ouvia também as Seriemas (Cariama cristata) de todo dia e para surpresa quem reapareceu foi o Filipe (Myiophobus fasciatus), esse simpático tiranídeo que estava sumido da área há meses. Todas elas alheias ao covid19, tocando a vida como fazem rotineiramente e sequer tem ideia de como a presença delas nos traz um encantamento que faz bem, ainda mais nesse momento difícil. Claro que por morar na região serrana do município minha tarefa de vê-los sem precisar sair de casa fica mais facilitada, mas mesmo em ambiente urbano é possível atraí-las. Comedouros com frutas, milho picado e bebedouros para beija-flores ajudam bastante e para quem se interessar no tema basta clicar aqui, onde abordo algumas outras questões sobre isso.
Paulo Tinoco